Computação em Nuvem: O Que É e Por Que Você Precisa Entender Isso?
O que é computação em nuvem? Entenda de uma vez por todas o conceito por trás do iCloud, Google Drive e Netflix, e descubra como a nuvem está moldando o futuro da tecnologia.
Fábio Andrade
8/27/20254 min read


Se você usa serviços como Netflix, Spotify ou Google Drive, já está usando a computação em nuvem no seu dia a dia. Mas, por trás da mágica de assistir a um filme em qualquer lugar ou acessar seus arquivos do celular, há uma revolução tecnológica que mudou a forma como empresas e pessoas usam a tecnologia.
O termo "nuvem" pode parecer abstrato. Afinal, onde, exatamente, os seus dados estão? Em um computador flutuando no céu? Aqui no Código Refatorado, vamos desmistificar esse conceito. Meu objetivo é refatorar a ideia complexa da computação em nuvem em algo simples e fácil de entender.
Refatorando o Conceito: A "Nuvem" é o Computador de Outro Lugar
Computação em nuvem se trata da disponibilização de serviços computacionais (armazenamento, Banco de Dados, Software, Servidores, entre outros) por meio da Internet (ou “nuvem”).
A maneira mais simples de entender a computação em nuvem é pensar nela como alugar um computador em vez de comprar um.
Em vez de você ter um servidor físico na sua casa ou escritório para armazenar dados e rodar aplicativos, você usa o poder de processamento e o espaço de armazenamento de uma empresa gigantesca, como a Amazon (AWS), Google (Google Cloud) ou Microsoft (Azure).
Essas empresas possuem data centers enormes, repletos de milhares de computadores superpotentes, conectados à internet. A "nuvem" é, na verdade, toda essa infraestrutura que fica em um local remoto, e que você pode acessar de qualquer lugar, a qualquer momento, pela internet.
Por que a Computação em Nuvem é uma Revolução?
A computação em nuvem mudou o jogo por três motivos principais:
Flexibilidade e Escalabilidade: No modelo tradicional, se sua empresa precisa de mais poder de processamento, você tem que comprar um novo servidor (o que é caro e demorado). Com a nuvem, você pode "alugar" mais capacidade em questão de minutos, pagando apenas pelo que usar. Dessa forma, mesmo que sua empresa passe por um pico de usuários, você terá capacidade para lidar com essa “sobrecarga”. Um exemplo disso é uma loja online em Black Friday.
Economia: Você não precisa gastar dinheiro com a compra de equipamentos caros, manutenção, energia elétrica e um espaço físico para os servidores. A nuvem funciona como um serviço de assinatura, o que reduz drasticamente os custos iniciais e operacionais.
Acessibilidade e Colaboração: Você pode acessar seus arquivos e aplicativos de qualquer dispositivo, desde que tenha uma conexão com a internet. Isso facilita o trabalho remoto e a colaboração em tempo real. Pense em um documento compartilhado no Google Docs: ele está na nuvem, e várias pessoas podem trabalhar nele ao mesmo tempo.
Tipos de Nuvem
Os principais tipos de nuvem são: Public, Private e Hybrid
Public (Pública): Serviços de nuvem terceirizados por empresas. Nesse modelo, toda a questão infraestrutura, principalmente a física, é gerenciada pelo provedor e o usuário gerencia somente seu perfil dentro do serviço. Várias empresas e usuários podem acessar.
Private (Privada): Tipo de nuvem onde os serviços são usados por apenas uma empresa. Nesse sentido, a infraestrutura física pode ser de responsabilidade da empresa, ou um provedor pode ser contratado, mas mantendo a restrição de usuários. Normalmente é usado quando os dados armazenados são confidenciais (como por exemplo a CIA, agência de inteligência do governo americano, que usa o serviço de nuvem disponibilizado pela Amazon)
Hybrid (Híbrida): Nesse caso são usados os dois tipos de nuvem (Pública e Privada), o que permite uma maior flexibilidade da aplicação.
Os Principais Tipos de Serviços na Nuvem
A computação em nuvem é dividida em três modelos principais, que são como os diferentes pacotes de um serviço de aluguel:
SaaS (Software como Serviço): É a forma mais comum. Você usa um software pronto que está na nuvem, como o Google Drive, Netflix ou Gmail. Você não precisa se preocupar com a instalação ou manutenção. Nessa camada, os usuários apenas usam o serviço já feito e não interferem no seu funcionamento.
PaaS (Plataforma como Serviço): É para desenvolvedores. As empresas fornecem um ambiente completo para criar, testar e rodar aplicativos, sem se preocupar com a infraestrutura por baixo. Pense nisso como um aluguel de uma cozinha já equipada.
IaaS (Infraestrutura como Serviço): É o modelo mais básico. Você aluga os "tijolos" da infraestrutura (servidores, armazenamento e redes) e tem total controle para construir o que quiser, como se estivesse alugando um terreno para construir sua própria casa.
A Nuvem e a Sua Jornada na Programação
Entender a computação em nuvem é cada vez mais vital para qualquer programador. A maioria das empresas já usa ou planeja migrar para a nuvem. Isso significa que, independentemente da sua especialização (Front-end, Back-end ou Full-stack), ter noções de computação em nuvem te dará uma grande vantagem competitiva.
Além disso, novas políticas como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) exigem que os profissionais da área estejam cada vez mais atento com a segurança das informações armazenadas, sendo assim, a “régua” para se desenvolver novas aplicações em Nuvem (ou pelo termo em inglês “Cloud”) está subindo e profissionais com conhecimento mais aprofundado serão cada vez mais requisitados.
Então, ao lado de aprender uma linguagem de programação, dedique um tempo para entender os conceitos de nuvem. É o alicerce para construir soluções do futuro.
Um grande abraço,
Fabio Andrade